Caverna do Homem
Oh homem das cavernas,
Desbravador de sonhos
Paleontológicos irracionais, ilógicos.
Coração de pedra, esculpido
Na ponta de sua lança
Que avança, cega,
Tenebrosamente dentro da noite
Entre minhas coxas,
Que tremem em delírios.
Minha carne primitiva se ativa,
Nesta Era sem eira, ressuscitada,
Sagrada e idolatrada.
Entre as profundezas
Do meu elo perdido.
Homem primitivo,
Afoito na moita dos pêlos pubianos.
Enrolado em sua vara escaldante, pulsante.
Gritos corridos dos meus ossos sagrados,
Espasmos da garganta seca.
Rugi um mamífero
Ao sinal visceral
Do esperma jorrando
Na caverna abissal
Do homem neandertal.
Cromossomos como somos
Carregados de fúria
E desejos inumanos
Arrastados do começo de tudo,
Até o fim do que somos,
Eterno homem das cavernas,
Senhor arquétipo dos meus sonhos.
1 Comentários:
arquétipo paleolítico
do prometeu liberto
grita ao homem
confuso e disperto
profusões do alimento
que colore na linha tempo
a profissão do mistério
Por Eunice Boreal, às 8 de novembro de 2009 às 08:04
Postar um comentário
<< Home