.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Muitas Moradas

Tela da Daniel Garber



Tenho muitas moradas

Em minha casa.

Em cada canto, uma recordação

De cristalina claridade.


Dentro da casa vivem estações,

Sob o ladrilho das palavras.


O jardim é da primavera.

Ali as folhas sussurram,

Espalham-se equivocando a realidade.

Aceitamos as coisas como vêem.


O outono das salas

Pesam e dizem mais do que dizem.

São doces recordações dos filhos,

Os desenhos rabiscados,

Ondulando pensamentos.


O verão saindo das panelas,

O espírito aventureiro dos temperos,

Capaz de viajar o mundo

Através dos pratos exóticos,

Do lenço na cabeça

Respirando o calor dos aromas.

Incendiamos.


O inverno caminha lentamente à noite

Para a cama, no quarto.

A memória se reserva

A uma existência de lembranças

Antes de dormir.

Contendas, desamor, sofrimento,

Tudo acaba onde o amor acontece

Para tecer as estações da casa.

1 Comentários:

  • O sol rasga os panos do horizonte
    Em pacífico brilho de sua magnitude…
    Cadenciado ondular que em mar bronze,
    Excelsa beleza no marulhar da virtude!

    A rocha na ânsia do dia, bebe sedenta do mar,
    Firmada num profundo e desigual chão azul …
    Cristalizadas águas reflectem o planar,
    Das majestosas e imperais… gaivotas do sul!

    Gostava que comigo
    Desse asas á sua imaginação,
    No… “Portal da rocha… penedo do guincho!”

    Um bom fim-de-semana,
    Com muita inspiração
    E na mente… um sorriso!

    O eterno abraço…

    -MANZAS-

    Por Blogger - Moisés Correia -, às 3 de abril de 2009 às 13:22  

Postar um comentário

<< Home