Natureza
Que o inimigo não saiba de minha volta,
Que os deuses despertem,
Porque vim para conquistar.
Arrancarei os olhos
Daqueles que se oporem a minha força.
Desenharei minha passagem
E a terra se abrirá em flancos
Para dar lugar as rochas soltas.
Empurrarei para o cimo dos cumes
A horda dos que tombaram as florestas.
Suas carnes serão sacudidas dos ossos,
Até se desprenderem e se tornarem pó.
Seguirei pelo despenhadeiro e
Encobrirei àqueles que moram
Nas sombras do abismo.
Uma poeira apocalíptica arrastará os grãos
Cobrindo todos os descampados.
Nascerei de novo e forjarei minha espada
No flanco da terra ressequida.
Arrancarei o fogo das entranhas da Terra
Para preparar as sementeiras renovadas.
Sugarei o néctar do orvalho e revestirei
O chão de delícias quando os grãos germinarem.
A possibilidade de vitória se formará
Num horizonte embriagado de êxtase.
Plantarei uma árvore da vida
Em cada canto fértil
E um sangue verde se espalhará
Como um mar transbordante.
Uma canção de jubilo entoará à minha passagem,
Quando deixar meu rastro de amante
No cio do leito da Terra.
Minha força gloriosa rasgará a escuridão do tempo
E recobrirei a Terra de destinos.
A lógica ardente que me impulsiona
Para as entranhas dessa terra verdejante
É uma vontade e um ardor de amante.
Ouvirei de novo a trombeta ressoando,
Que a Terra tornará de novo um Paraíso.
1 Comentários:
Quando comecei a ler este poema escutava o Dancing Queen dos Abba e que raios, o contraste tornou tudo tão belo!
«And when you get the chance
you are the dancing queen»
E conseguiste dar a força que a mãe natureza dá aos predestinados no final do teu poema!
Beijos!
MM
Por manuel marques, às 3 de fevereiro de 2009 às 14:12
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