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sábado, 30 de maio de 2009

Nosso Futuro

Tela de Arnold Böcklin



Andei formulando um sentido,

Criei uma imagem num mapa

Que representasse seu enquadramento

Em minha vida.


Desordenaram-se as linhas

Apagando o caminho desenhado.


Um véu de emanações tardias

Enrolou-se nas coisas ditas.

Mostrando-me, enfim, a tênue linha

Que nos prendia.


Nossa vida singular era delírio,

Não passava de invenção,

De um plano imponderável.


Contido nas linhas escritas,

Foi incapaz de suportar a travessia,

De alcançar um outro lugar para a verdade.


Nosso futuro ficou sem infinito,

Ficou solto, em algum lugar

De meu plano escrito.

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