.

sábado, 30 de maio de 2009

Nosso Futuro

Tela de Arnold Böcklin



Andei formulando um sentido,

Criei uma imagem num mapa

Que representasse seu enquadramento

Em minha vida.


Desordenaram-se as linhas

Apagando o caminho desenhado.


Um véu de emanações tardias

Enrolou-se nas coisas ditas.

Mostrando-me, enfim, a tênue linha

Que nos prendia.


Nossa vida singular era delírio,

Não passava de invenção,

De um plano imponderável.


Contido nas linhas escritas,

Foi incapaz de suportar a travessia,

De alcançar um outro lugar para a verdade.


Nosso futuro ficou sem infinito,

Ficou solto, em algum lugar

De meu plano escrito.

1 Comentários:

  • Olá poeta, tudo bem? Estou reunindo um grupo para uma antologia. Gostaria de participar esse seu poema ou outro trabalho de mesmo nível?
    Por favor, entre em contato!
    Abraço
    Elenilson
    elenilsonascimento@ig.com.br
    http://www.literaturaclandestina.blogspot.com/

    Por Blogger Unknown, às 19 de junho de 2009 às 06:10  

Postar um comentário

<< Home