Oriente
Fiz do Oriente um álibi.
Ignorei a realidade do avesso
Fincando meu sonho na adversidade,
Mudei costumes antigos,
Para ficar com você.
Tatuei ideogramas enigmáticos
Da dinastia de Han em pele tremula.
Fui gueixa em ritual sagrado
Vibrando no tempo das cerejeiras.
O quimono azul de seda
Estampava suas flores,
Enquanto meus cabelos
Estavam com os seus
Em nosso tatame.
Escrevi versos de prata
Na espada de meu samurai.
Na janela dos sonhos,
O sino tocava ao vento
Anunciando impaciente
Que éramos esperados
Pelo fogo celestial.
0 Comentários:
Postar um comentário
<< Home